Cruzeiro faz 2 a 0, fecha 4 a 0 no agregado e carimba a vaga
Noite azul no Mineirão. Em 11 de setembro de 2025, às 19h30, o Cruzeiro bateu o Atlético-MG por 2 a 0 no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil e avançou sem sustos. Com gols aos 4 minutos do primeiro tempo e aos 2 da etapa final, ambos de Kaio Jorge, a Raposa confirmou a superioridade já mostrada na ida, quando venceu por 2 a 0 na Arena MRV, com tentos do próprio camisa 9 e de Fabrício Bruno. Placar agregado: 4 a 0, sem levar gol nas duas partidas.
O roteiro foi claro desde o apito inicial do árbitro Rafael Rodrigo Klein: Cruzeiro compacto, linhas próximas e transições rápidas. O gol-relâmpago no início quebrou o plano do Atlético, que precisava reverter dois gols de desvantagem e ainda se viu em desvantagem logo de cara. Na volta do intervalo, novo golpe cedo e a classificação ficou praticamente definida. Para piorar o cenário do Galo, Guilherme Arana foi expulso e o time terminou com um a menos.
A reestreia de Jorge Sampaoli à frente do Atlético-MG ficou engessada por um Cruzeiro bem organizado. O Galo rodou a bola, tentou acelerar pelos lados, mas esbarrou em uma defesa cruzeirense atenta na área e agressiva nos duelos. Faltou profundidade e, quando conseguiu pisar na área, o arremate final não apareceu. Do outro lado, a Raposa foi objetiva: poucas chances, alta eficiência.
- Data e local: 11/09/2025, Mineirão (BH)
- Horário: 19h30 (de Brasília)
- Árbitro: Rafael Rodrigo Klein
- Gols: Kaio Jorge, aos 4’ do 1ºT e aos 2’ do 2ºT
- Agregado: Cruzeiro 4 x 0 Atlético-MG
- Expulsão: Guilherme Arana (Atlético-MG)
A leitura do Cruzeiro foi cirúrgica. Ao forçar erros na saída alvinegra e atacar o espaço às costas dos laterais, a equipe criou o cenário ideal para o seu centroavante, que vive fase de artilheiro. Ele lidera as listas de goleadores tanto na Copa do Brasil quanto no Brasileirão e sustentou de novo a fama de decisivo: presença na área, frieza na definição e senso de tempo para atacar a bola.
O Atlético tentou reagir ao longo do primeiro tempo com maior volume pelo corredor esquerdo, mas a expulsão de Arana desmontou a ideia de empurrar o Cruzeiro para trás. Com 10 em campo, o Galo passou a depender de bolas longas e cruzamentos, que a zaga celeste neutralizou com segurança. Quando precisou, o Cruzeiro baixou o bloco, controlou o relógio e matou o ímpeto rival.
Vale o contexto do confronto: na ida, na Arena MRV, o Cruzeiro já havia construído uma vantagem sólida por 2 a 0, com atuação madura e muita disciplina sem a bola. No Mineirão, repetiu a fórmula com ainda mais consistência. Em 180 minutos, o time não sofreu gols, confirmou o favoritismo do momento e mostrou repertório para jogos grandes: saber sofrer, acelerar na hora certa e ser eficiente no terço final.
O pós-jogo teve clima de festa. Yohan Bolasie entrou na brincadeira nas redes sociais e publicou uma foto com frango frito para celebrar a classificação, um toque irreverente que sintetiza o ambiente leve no vestiário. Dentro de campo, a imagem que fica é a do centroavante carregado pelos companheiros e a torcida cantando mais alto a cada arrancada.
Semifinal contra o Corinthians e o impacto do calendário
Com a vaga, o Cruzeiro enfrentará o Corinthians nas semifinais, em duelos previstos para dezembro após a mudança de calendário definida pela CBF. A reprogramação empurra o mata-mata para o fim do ano e mexe com a gestão física dos elencos. Para a Raposa, que briga no topo da artilharia do Brasileirão com o seu goleador, a palavra de ordem será equilíbrio: manter o ritmo competitivo sem estourar a carga de jogos.
O recorte técnico aponta para um time pronto para partidas de alta tensão. A defesa passou ilesa em dois clássicos seguidos, o meio-campo venceu os duelos diretos e a linha de frente decidiu. Do outro lado, o Atlético-MG, agora sob Sampaoli, tem trabalho. O elenco é forte, mas a equipe precisa de ajustes na saída de bola sob pressão e na proteção às costas dos laterais, pontos que o Cruzeiro explorou com eficiência.
Até dezembro, muita coisa pode mudar: lesões, suspensões, sequência do Brasileirão e eventuais trocas de momento. Mas a mensagem desta quartas é direta. O Cruzeiro mostrou maturidade de equipe grande e um centroavante em estado de graça. Em clássicos, isso costuma pesar.