Athletico-PR pode garantir acesso à Série A na penúltima rodada do Brasileirão Série B 2025
11 novembro 2025 0 Comentários vanderlice alves

Athletico-PR pode garantir acesso à Série A na penúltima rodada do Brasileirão Série B 2025

Na penúltima rodada do Brasileirão Série B 2025 – Superbet, o futebol brasileiro vive um dos momentos mais tensos da temporada. Entre 14 e 16 de novembro de 2025, dez jogos definirão quem sobe, quem cai e quem ainda sonha com o acesso à Série A de 2026. E o centro das atenções está em Athletico Paranaense — segundo colocado com 64 pontos — que pode, já no domingo, garantir matematicamente sua volta ao topo do futebol nacional. O adversário? A Ferroviária, no Estádio Fonte Luminosa, em Araraquara, às 16h30. Um empate basta. Nada mais, nada menos.

Coritiba lidera, mas o jogo é entre os dois grandes

A Coritiba ainda ocupa o topo da tabela com 66 pontos, mas a vantagem é mínima. O técnico Allan Aal tem um time sólido, mas não pode relaxar. O time paranaense enfrenta o Athletic no Couto Pereira, em Curitiba, no sábado, às 16h30. É um clássico raro: o Atletiba — confronto entre Coritiba e Athletico — não acontecia na Série B desde 1995. E agora, com ambos no topo, o jogo vira um teste de caráter. O Coritiba vem de três vitórias seguidas. O Athletic, estreante na competição, surpreendeu ao chegar à zona de acesso. Mas será que aguenta a pressão?

Enquanto isso, o Remo — terceiro colocado — enfrenta o Avaí no Estádio da Ressacada, em Florianópolis. O treinador Felipe Surian sabe que qualquer tropeço pode abrir brecha para o quarto colocado, a Chapecoense. E aí entra o drama: a Chapecoense joga fora de casa, contra o Volta Redonda, no Estádio Raulino de Oliveira. Um empate pode ser suficiente, mas a equipe de Umberto Louzer não tem margem para erros.

Clássicos que voltaram do esquecimento

A edição de 2025 é histórica não só pela disputa acirrada, mas pelos clássicos que voltaram à cena. O Re-Pa — Remo x Paysandu — acontece pela primeira vez na Série B em 18 anos, no Estádio Leônidas Sodré de Castro, em Belém. O clássico da Amazônia, que já foi palco de grandes batalhas, volta com o Paysandu lutando contra o rebaixamento e o Remo sonhando com o acesso. O público vai lotar o estádio, mesmo com a chuva prevista para sexta à noite.

Outro retorno inesperado: o confronto entre os três principais times de Goiânia — Atlético Goianiense, Goiás e Operário-PR — pela primeira vez juntos na Série B desde 2018. O Atlético Goianiense enfrenta o Operário no Estádio Antônio Accioly, e o Goiás joga contra o Novorizontino. O futebol de Goiás, esquecido por anos, voltou com força.

E o Bota-Ferro? Sim, o clássico entre Botafogo-SP e Ferroviária — que não acontecia desde 1990 — está marcado para domingo, em Araraquara. O Botafogo-SP, que venceu o Athletic por 1 a 0 na rodada passada, tem o atacante Alexandre Jesus com 4 gols e o meia Jefferson Nem como líder em assistências. A Ferroviária, por outro lado, precisa vencer para manter a esperança. E o Athletico-PR? Se vencer, não precisa mais de ninguém.

Regiões que mudaram o mapa do futebol

A distribuição regional é um dos grandes destaques da temporada. Pela primeira vez em 19 anos, a Região Norte tem três representantes: Paysandu, Amazonas e o Atlético-PR (que manda alguns jogos em Manaus, no Estádio Carlos Zamith). Isso é um sinal de que o futebol do norte está voltando a ser visto. Já o Nordeste tem apenas o CRB — o menor número da história. O time alagoano joga contra o Vila Nova no Estádio Rei Pelé, em Maceió, e precisa de um milagre para fugir da zona de rebaixamento.

Ao todo, 20 clubes participam. Seis da Sul, seis da Sudeste, quatro do Centro-Oeste, três do Norte e apenas um do Nordeste. A desigualdade regional é gritante — e o CBF não parece ter planos para corrigir isso. Mas isso não diminui a emoção. Pelo contrário.

800 gols e um campeonato que não esquece os heróis

800 gols e um campeonato que não esquece os heróis

Até agora, foram marcados 800 gols em 360 jogos — uma média de 2,22 por partida. E entre os artilheiros, um nome se destaca: Ronaldo Tavares, do Athletic, com 9 gols e 6 assistências. Ele é o principal jogador da equipe que mais surpreendeu. Já o Criciúma, quarto colocado, tem Roberto Oliveira no comando e vive uma temporada de ressurgimento. O time catarinense enfrenta o Botafogo-SP no Heriberto Hülse, em Criciúma, e pode garantir acesso com vitória.

Na tabela, 276 jogadores marcaram exatamente um gol cada. É um retrato do futebol brasileiro: muitos contribuem, poucos brilham. Mas todos querem o mesmo: subir.

O que está em jogo além da tabela

O acesso à Série A não é só sobre dinheiro. É sobre identidade. É sobre clubes que perderam o rumo e agora tentam voltar. É sobre torcedores que não viam seu time na elite há décadas. O Athletico-PR, por exemplo, voltou à Série A em 2022 e caiu em 2023. Agora, quer voltar. O Coritiba, campeão em 2011, sonha com o retorno ao topo. O Remo, que foi campeão brasileiro em 1989, quer reescrever sua história. E o Athletic? É o primeiro clube da região de São João del Rei a chegar tão longe. É um time de pequena torcida, mas com grande coração.

Por outro lado, o rebaixamento é uma sentença. O CRB, o Amazonas, o Vila Nova e o Operário-PR correm contra o tempo. A Série C é um abismo financeiro. Muitos clubes não sobrevivem depois de cair.

Quem vai ver os jogos?

Quem vai ver os jogos?

Todos os jogos da penúltima rodada serão transmitidos pela CBF e por seus parceiros: Band, SporTV e a plataforma de streaming OneFootball. Os jogos mais importantes — como Athletico-PR x Ferroviária e Coritiba x Athletic — terão cobertura ao vivo com comentários em português, inglês e espanhol. A audiência promete bater recordes. Afinal, quando o acesso está em jogo, ninguém quer perder.

Frequently Asked Questions

Como o Athletico-PR pode garantir o acesso à Série A já na penúltima rodada?

O Athletico-PR está com 64 pontos. Se vencer a Ferroviária, chegará a 67 pontos. Mesmo que o Coritiba vença, o Athletico-PR terá vantagem no critério de desempate (vitórias) e não poderá ser alcançado pelos rivais da zona de acesso. O empate também garante a classificação, pois o quinto colocado, o Criciúma, teria no máximo 65 pontos no final da rodada.

Por que o Nordeste tem apenas um representante na Série B?

O Nordeste tem um histórico de dificuldades financeiras e infraestrutura limitada. Clubes como Bahia, Sport e Santa Cruz estão na Série A ou em crise. O CRB é o único que conseguiu se manter competitivo. A CBF não adota políticas de equilíbrio regional, o que aprofunda a desigualdade. Em 2025, é o menor número de times nordestinos na Série B desde a criação da competição.

Quais são os clássicos históricos que voltaram em 2025?

Além do Atletiba (Coritiba x Athletico-PR) e do Re-Pa (Remo x Paysandu), voltaram o Bota-Ferro (Botafogo-SP x Ferroviária), após 35 anos, e o confronto entre os três times de Goiânia — Atlético Goianiense, Goiás e Operário-PR — pela primeira vez desde 2018. Esses jogos trazem de volta memórias e torcidas que estavam esquecidas.

O que diferencia o Athletic deste ano dos outros clubes estreantes?

O Athletic, da cidade de São João del Rei (MG), é o único estreante na Série B em 2025 e chegou à zona de acesso sem ter grandes investimentos. Seu técnico, Roger Silva, montou um time defensivo e eficiente. Ronaldo Tavares, seu artilheiro, foi contratado em janeiro por menos de R$ 100 mil. A equipe não tem patrocínio majoritário, mas se tornou símbolo de resistência.

Por que tantos jogos estão sendo disputados em estádios alternativos?

O STJD impôs punições por problemas com segurança, infraestrutura ou violência de torcidas. O Paysandu, por exemplo, não pode jogar no Mangueirão e manda jogos em Belém no Leônidas Sodré. O Amazonas, cujo estádio foi interditado, joga em Manaus no Carlos Zamith. Essa instabilidade afeta o rendimento e a renda dos clubes.

O que acontece se o Athletico-PR não vencer e o Coritiba empatar?

Se o Athletico-PR empatar e o Coritiba vencer, o Coritiba se torna campeão da Série B com 69 pontos. O Athletico-PR ainda se classifica, mas fica em segundo. O acesso é garantido para os quatro primeiros, mas o título de campeão da Série B é o diferencial simbólico — e financeiro — que o Coritiba busca após 14 anos sem títulos nacionais.