Prisão Preventiva: o que é, quando pode ser decretada e como se defender

A prisão preventiva é uma medida que o juiz pode aplicar antes do julgamento, para garantir que o processo siga sem riscos. Não é punição, mas uma forma de proteger a investigação, evitar que o acusado fuja ou atrapalhe as provas.

Ela só pode ser usada quando a lei autoriza, ou seja, se houver risco concreto de fuga, ameaça à ordem pública ou risco de a investigação ser comprometida. O Código de Processo Penal lista essas situações e exige que o juiz justifique a decisão, apontando a necessidade real.

Quando a prisão preventiva pode ser aplicada?

Primeiro, o juiz avalia se há prova suficiente de que o acusado cometeu o crime (indícios robustos). Depois, verifica se alguma das hipóteses legais está presente: risco de fuga, risco de reiteração delitiva, risco de tumulto na comunidade ou risco de interferência nas provas. Se uma dessas situações for comprovada, a prisão preventiva pode ser decretada.

Vale lembrar que a medida não pode ser usada como castigo antecipado. O juiz não pode prender alguém só porque ainda não há sentença condenatória. Além disso, a lei exige que a prisão seja a última alternativa, depois de analisar outras medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo ou a proibição de contato com determinados indivíduos.

Como recorrer da prisão preventiva

Se você ou alguém que você conhece foi preso preventivamente, há caminhos para tentar reverter a decisão. O primeiro passo é entrar com um pedido de habeas corpus, que pode ser apresentado por um advogado ou por qualquer pessoa que tenha interesse na liberdade do preso. O habeas corpus pede ao juiz que reavalie a prisão, demonstrando que não se enquadram as causas previstas na lei.Outra possibilidade é solicitar a substituição da prisão por medidas cautelares alternativas. O pedido deve mostrar que o acusado tem condições de cumprir obrigações como comparecer ao processo, permanecer na cidade ou não ter contato com vítimas. O juiz pode aceitar essas opções se achar que garantem a ordem do processo.

É importante agir rápido, porque a prisão preventiva pode durar até o fim do processo se nenhuma medida for tomada. O advogado deve observar os prazos e apresentar recursos dentro dos termos legais. Se o juiz mantiver a prisão, ainda é possível levar o caso ao tribunal competente para revisão.

Além dos recursos, a defesa pode juntar novos elementos que provem que o risco alegado não existe. Por exemplo, indicar que o acusado já tem passagem fixa, emprego ou família que o prendam à comunidade. Também pode demonstrar que as provas apontam para outra pessoa ou que a investigação está bem encaminhada sem necessidade de manter o preso.

Em resumo, a prisão preventiva é uma ferramenta que o juiz usa com cautela, mas que pode ser contestada. Conhecer os direitos, os motivos que justificam a medida e como recorrer faz toda a diferença para quem está envolvido no processo.

Se você ainda tem dúvidas, procure um advogado de confiança. Ele vai analisar cada detalhe, preparar o habeas corpus ou a substituição por medidas menos gravosas e lutar para que a prisão seja revista o quanto antes.

24 setembro 2024
Justiça de Pernambuco Decreta Prisão Preventiva de Gusttavo Lima em Operação Contra Lavagem de Dinheiro e Jogos Ilegais

Justiça de Pernambuco Decreta Prisão Preventiva de Gusttavo Lima em Operação Contra Lavagem de Dinheiro e Jogos Ilegais

A Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, nome verdadeiro Nivaldo Batista Lima, na Operação Integração. A mesma operação resultou na prisão da influencer Deolane Bezerra. Ele é acusado de lavagem de dinheiro e envolvimento em jogos de azar ilegais. A ordem foi emitida na segunda-feira, 23 de setembro de 2024, visando combater organizações criminosas.

Ver Mais