Odete Roitman: a vilã inesquecível que marcou Vale Tudo

Se você cresceu assistindo novelas nos anos 80, provavelmente lembra da cena do corpo encontrado na caixa de fósforos. Essa foi a jogada de Odete Roitman, a mulher mais temida da TV brasileira. Mas quem é essa personagem? Por que ainda gera tanto assunto? Vamos entender o que fez de Odete um ícone da cultura pop.

Origem da personagem e quem a interpretou

Odete Roitman nasceu na novela Vale Tudo, exibida em 1988 pela TV Globo. Ela foi criada por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères para ser a vilã‑coração frio que controla negócios e relacionamentos. A atriz que deu vida à Odete foi Beatriz Segall, um nome forte do teatro e do cinema, que trouxe ao personagem uma elegância ameaçadora.

A escolha de Beatriz Segall foi inteligente: ela conseguia ser ao mesmo tempo sofisticada e assustadora, mostrando uma mulher rica que não tem limites para alcançar o que quer. A performance dela fez com que Odete se tornasse instantaneamente reconhecível, até fora das telas.

Os momentos que definiram a vilã

O ponto alto da trama foi o assassinato de Odete. O suspense ficou no ar por semanas, com todo mundo tentando descobrir quem a matou. Quando a caixa de fósforos apareceu, o Brasil inteiro ficou paralisado. A frase "Quem matou Odete Roitman?" virou meme antes mesmo da internet estar consolidada.

Mas a história não terminou aí. O desfecho mostrou que o assassino foi Leila, uma das protagonistas, alimentando ainda mais a discussão sobre justiça e vingança na sociedade. Essa reviravolta reforçou a importância de Odete como símbolo de poder feminino perverso, ao mesmo tempo em que provocava debates sobre moralidade.

Além do crime, Odete também ficou conhecida pelas falas afiadas e pelos vestuários luxuosos. Cada vestido, cada joia, mostrava seu status de elite e, ao mesmo tempo, sua vulnerabilidade quando confrontada pelos outros personagens.

Legado e influência na cultura brasileira

Depois de Vale Tudo, Odete Roitman continuou viva: foi citada em outras novelas, programas de humor e até campanhas publicitárias. O nome “Odete” virou sinônimo de mulher poderosa e manipuladora. Em discussões de política ou negócios, alguém pode ser comparado a "Odete Roitman" para indicar que está jogando sujo.

Nas redes sociais, ainda rolam vídeos reencenando a descoberta do corpo e comentários sarcastados. Essa durabilidade mostra como a personagem transcendeu o script e entrou no imaginário coletivo.

Se quiser reviver esses momentos, Vale Tudo está disponível em plataformas de streaming brasileiras. Marque um amigo para assistir e veja se vocês conseguem adivinhar quem seria a próxima "Odete" dos dias atuais.

Em resumo, Odete Roitman não é só uma vilã de novela; ela é um marco da TV que ainda inspira discussões sobre poder, ética e representação feminina. Conhecer sua história ajuda a entender como a ficção pode refletir e influenciar a realidade. E, claro, sempre rende boas conversas nas rodas de amigos quando alguém pergunta: "Você lembra da Odete?"